terça-feira, 11 de dezembro de 2007

O PLANETA AZUL E AS FLORESTAS VERDES, BLUE PLANET AND GREEN FOREST


O mar é azul porque as árvores são verdes. Uma curiosa e erudita transformação que coloca em jogo a luz solar, o ozono, o dióxido de carbono, o oxigénio,…

As actividades humanas são infelizmente poluentes e o turismo não escapa a esta regra.

Sabe que para chegar aos Açores desde uma grande capital europeia, um avião emite cerca de 1 250 kg de dióxido de carbono (CO2) por passageiro! Um navio produz 50 vezes menos. O transporte aéreo é responsável por 3% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) dentro da União Europeia.

As florestas de jovens árvores são grandes consumidoras de dióxido de carbono, transformando-o em alimento (hidratos de carbono) e oxigénio através do processo de fotossíntese. Então, quando visitarem as Lajes do Pico, porque não realizar um pequeno gesto simbólico pela Terra e plantar uma árvore? Afinal, as pequenas gotas de água transformam-se num rio… E os gestos simbólicos acordam a consciência!

Sob a égide da UNESCO através da campanha da UNEP “Plantemos para o planeta”, a partir de 2008, o Espaço Talassa compromete-se a plantar uma árvore por cada hóspede do nosso hotel e por cada passageiro que embarque nos nossos barcos.

Cerca de 5000 plantas da Laurissilva e endémicas dos Açores, que poderão plantar com as vossas próprias mãos, admirar quando regressarem ao Pico dentro de alguns anos, ou simplesmente como herança para as gerações futuras.

Para que as 5 000 cores de esmeralda que cobrem as ilhas açoreanas continuem a reflectir-se no profundo ecrã azul do Atlântico… As baleias ficarão ainda mais azuis!




The sea is blue because trees are green: curious and erudite transformation which brings into play sunlight, ozone, carbon dioxide, oxygen...
Human activities are unfortunately polluting, and tourism does not escape this rule.

Do you know, for instance, that to fly to the Azores from a large European capital, a plane emits approximately 1,250 tons of carbon dioxide (CO2) per passenger? A boat produces 50 times less. Air transport is responsible for 3% of the greenhouse gases emissions in the European Union.

Forests are large carbon dioxide consumers, which they transform into food (glucose) and oxygen by the photosynthesis process... Therefore when coming to Lajes do Pico, why not make a small, but symbolic gesture for Mother Earth and plant a tree? After all, the sum of all tiny water drops makes a river.... and the symbolic gestures awake the common conscience!

Under the aegis of UNESCO, through the countryside of the UNEP "Plant for the planet", Espaço Talassa is committing itself to plant a tree from 2008 on, for each visitor which remains in our hotel and for each passenger who embarks on our boats.
Approximately 5 000 seedlings of Laurisilva and endemic vegetation of the Azores will be available, so that you may plant, and admire in a few years or quite simply leave for the future generations.

So that the 5 000 emerald colours which cover the islands from the Azores continue to reflect the deep blue of the Atlantic Ocean.... Even the whales will be bluer.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Dumping




DUMPING, o Futur(issim)o da Observação de Cetáceos nos Açores

Durante a semana dos baleeiros nas Lajes do Pico, o Espaço Talassa testou a sua campanha de marketing para o ano de… 2015
Entretanto a concorrência replicou e baixou os preços ainda mais, e já em vigor para o ano de 2007.
Caro colega, se ainda não o faz, prepare-se para pagar para trabalhar. No próximo ano durante o “Bom Jesus” ou na “Semana do Mar”, proponho um novo slogan: “Espaço Talassa oferece 15 euros para observação de baleias, golfinhos incluídos”… Nada mais e veremos quem consegue melhor que isto!




DUMPING, Whale Watching Futur(issimo) in Azores

During “Whalers Week” in Lajes do Pico, Espaço Talassa tested its new marketing campagne for… 2015
Meanwhile, the competition replied and lowered its prices even more, starting in 2007.
Dear colleague, if you still don’t do it, prepare yourself to pay to work. Next year during “Bom Jesus” or in “Sea Week”, I propose a new slogan: “Espaço Talassa offers 15 euros for whale watching, dolphins included”… No more! And we will see who can cover our offer !

sábado, 8 de setembro de 2007

Nadar com Golfinhos



Resolvi lançar-me de cabeça e espero não me aleijar… 1ª abordagem sobre
“Nadar com Golfinhos”

Nadar com golfinhos é um sonho para a maior parte dos nossos clientes,
mas muitas vezes torna-se num verdadeiro pesadelo para os animais.
Contudo trata-se de uma boa receita diária para as empresas, incluindo
a minha, Espaço Talassa.
Sempre defendi que devíamos assumir uma posição radical e oposta:
permitir a natação com todas as espécies de cetáceos ou então com
nenhuma. A solução híbrida na qual nos encontramos coloca-nos sob fogo,
tanto dos ecologistas e/ou biólogos radicais, como dos ultraliberais,
para os quais tudo deverá ser autorizado.
Passada a fase da ingenuidade, que nos acompanhou nos primeiros anos e
as primeiras tentativas na água, que orientaram as nossas primeiras
milhas nos mares açoreanos, a velha questão continua premente:
Devemos continuar a propor a actividade de natação com os golfinhos nos
Açores?
Neste link podem consultar o que escrevi sobre a natação de golfinhos
há alguns anos:
http://www.espacotalassa.com/03_gb/14_fiches/index_fiches.htm#famille

Logo, colocada a questão, tentarei pesar os argumentos favoráveis e
contra. Aqui estão os resultados:
Prós:
• Boas receitas para as empresas;
• Actividade que permite prolongar um pouco a época turística durante o
Outono;
• Um encontro inesquecível e fora do comum com estes animais.
Contra:
• Risco de acidente para os clientes, que pode acontecer a uma das
empresas, mas que prejudicará todo o sector;
• Forte impacte sobre os animais, sobretudo porque os grupos de
golfinhos durante a época alta turística estão cheios de crias e também
porque alguns desses grupos são espécies residentes (os Roazes, os
Moleiros e, quase de certeza, os Golfinhos-comuns);
• Esta actividade dificulta o trabalho dos barcos de observação e a
qualidade de observação é inferior, já que os golfinhos alvo da natação
com pessoas, têm tendência a evitar contacto com mais barcos;
• Desrespeito da legislação regional, uma vez que para nadar com os
golfinhos, não existe outra solução que não se já realizar uma
aproximação para a frente do grupo, cortando a sua rota, e muitas vezes
a menos de 50 metros de distância do grupo;
• As directivas, legislação ou código de conduta internacional são mais
favoráveis à interdição da natação (WDCS, IFAW…) fornecem argumentos
suplementares àqueles que nos criticam, com razão, por esta actividade.
A resposta é clara e sem apelo: é melhor rendermo-nos à evidência e
parar com a natação com os cetáceos! No entanto é preciso ter em
consideração o impacte comercial desta acção, que resultaria na perda
de uma boa fatia de clientes de alguns operadores, incluindo o Espaço
Talassa. É por isso que proponho:
• Concessão de um prazo de 5 anos a todos os operadores para procurarem
novos nichos ou segmentos de mercado, estabelecendo-se a interdição no
ano de 2013, e aplicável à época de 2014;
• Tomar medidas imediatas, na forma de uma nova portaria, para limitar
o impacte sobre os animais e os riscos de acidentes:
o A natação só poderia ser proposta em barcos específicos, de reduzida
dimensão (máximo 8 metros de comprimento);
o Estabelecimento de uma licença especial para natação, com o número de
barcos autorizados para a natação a serem limitados a um máximo de 50%
do número total de licenças de whale watching emitidas a essa empresa;
o Perda de prioridade do barco de natação sobre um barco de observação;
o Não misturar, no mesmo barco, pessoas de natação com pessoas de
observação de cetáceos;
o O enquadramento da actividade deve ser assegurada por um profissional
(o marinheiro, por exemplo) com curso de Dive Master ou algo
equivalente. O skipper deverá também possuir curso de primeiros
socorros;
o Interdição de realização de natação numa saída única,
estabelecendo-se que cada pessoa terá que sair, no mínimo, 3 vezes para
o mar;
o O cliente terá que fornecer, obrigatoriamente, um certificado médico,
demonstrando ter capacidades físicas para realizar a actividade;
o Obrigação de utilização de fato de mergulho, para limitar os
acidentes de hipotermia, mas também para melhorar a flutuabilidade,
permitindo ao cliente boiar no mar mais facilmente em caso de acidente
ou fatiga;

Estou certo que esta situação será revista rapidamente a nível legal.
Espero as vossas ideias e comentários e outras acções concebíveis.

Serge Viallelle





I’ve decided to throw myself to the sharks, and make this first approach on swimming with dolphins.

Swimming with dolphins is a dream for most of our clients, but sometimes it becomes a really nightmare for the animals. Nevertheless it comprises na important income for tourism companies, including mine – Espaço Talassa.

I’ve always defended we should assume a radical and opposing position: permission to swim with every species of cetaceans or with none. The hybrid solution in which we find ourselves now puts us in a delicate situation: on one side the radical environmental groups and on the other, the ultraliberals, who defend everything should be allowed.

Now that the naivety which accompanied us in our first years has passed, the old question arouses: Should we continue to propose our clients to swim with dolphins in the Azores?

Look what I wrote about this matter some years ago:
http://www.espacotalassa.com/03_gb/14_fiches/index_fiches.htm#famille

As I pose this question, I’ll try to measure the advantages and the inconvenient:

For:
- Good income for companies
- This activity allows to prolong the season a bit more
- Unforgettable and unusual encounter with this animals

Against:
- Accident risk, which may happen to someone, but could be harmful for the entire sector: politicians and biologists would have no problem in stopping this activity definitely
- Strong impact on the animals, mainly because dolphin pods have a lot of baby’s during the tourist season, and among them some are resident (Tursiops, Gramous, and almost for sure, Delphis)
- This activity harms observation boats work: “swim” dolphins avoid boats and usually swim away from all boats
- Regional Law is not respected, because to allow people to swim with dolphins, a boat must approach from the front of the group, and usually nearer than the 50 meters allowed.
- Directives and Legislation in Europe and around the World are supporting the interdiction to swim with dolphins (WDCS, IFAW


The answer is clear: we should surrender to the obvious and stop swimming with dolphins. But we should consider the commercial impact of the loss of many customers of certain operators (of which Espaço Talassa). This is why I propose:
- 5 years should be given, so that operators could search new market segments, and then on 2013 the interdiction should enter into force on 2014


Immediate measures should be taken through a new “portaria”, limiting this activity impact on animals and accident risks:
- Swimming should only be allowed on a specific small boat (no more than 8 meters long)
- A special swimming license should be released, limiting the allowed “swimming boats” to 50% of all licenses emitted for one company
- Swimming boats should not have priority above observation boats
- It shouldn’t be allowed to mix on the same boat, swimmers and observers.
- Number of swimmers per boat should be limited to 8
- Crew should assure safety: one should be dive master, and also have first aid course
- It should be interdicted to swim on a single trip, establishing that everyone should have 3 trips to the sea, at least
- Customers should supply medical certificate
- Customers should use rubber suit, to limit hypothermia, and to allow people to float better, in case of injury or fatigue.


I’m waiting now for your comments, ideas and other possible actions.

I think this subject will be revised very fast. And I’m afraid that the politic decision will be oriented by biologists, with the only concern to protect what they consider as their private garden. We should not forget the fraud about the portaria regulating our activity and creating the São Miguel exception. But this subject will be discussed in the future. Due to our experience in the sea and with tha animals, we should be honestly heard and understood! Let’s show everybody that we fell responsible to find a solution

Serge Viallelle

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Whalenausore Azoricus




Nos Açores a actividade de observação de cetáceos não funciona como deveria.

Os bons sentimentos e as grandes utopias dos anos 90 foram substituídos pelo apelo do lucro rápido e fácil. Alguns operadores tornaram-se mesmo nos campeões de “vira-casacas”!

É pena, porque nós tivemos realmente a possibilidade de construir um modelo turístico diferente, baseado no respeito pelos animais e pelas pessoas que nos visitam…

Os Açores têm potencial para isso!

Quero acreditar que ainda não é tarde demais e que amanhã consigamos responder às aspirações de um turista cada vez mais exigente e ao mesmo tempo combater o desafio da poluição global (económica, social, cultural, ambiental, desenvolvimento não sustentável etc.), ou a nossa actividade estará longe se ser inocente. Nesse caso seremos julgados pelas gerações futuras.

É por este motivo que é preciso inventar um espaço de partilha entre os operadores açoreanos (em substituição da moribunda associação AAEWW), aberto também a todos aqueles com ideias construtivas, quer sejam profissionais de qualquer canto deste mundo, quer sejam clientes, políticos, investigadores ou militantes de associações de preservação do meio ambiente…

Este blog dirige-se a todas as pessoas que não são demagógicas nem tímidas, mas que querem encontrar uma dinâmica de fundo positiva e respeitosa que nos permita sair do atoleiro que é a vulgarização do destino Açores.

Aqui trataremos dos problemas concretos ligados à nossa actividade. Afim de facilitar a comunicação, proponho que de futuro sejam utilizadas apenas dois idiomas: o português e o inglês.

Serge Viallelle
O Whalenausore Azoricus

A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados
Mahatma Gandhi





In the Azores whale watching isn’t working as it should.

The good feelings and great utopias of the 90’s were substituted by the appeal for easy and quick profit. Some operators have even become the turncoat champions, with the politicians blessing.

It’s a shame, because we really had the possibility to build a different tourism model, based in the respect for the animals and for the people who visit us...

The Azores have the potential for it!
I want to believe that it is not too late for us and hope that tomorrow we will be able to answer the tourist aspirations, each time more demanding. At the same time I want to believe that we can fight the challenge of the global pollution (economical, social, cultural, environmental, etc.), or our activity will be far to be itself innocent. In this in case we will be judged by the future generations.

This is the reason why it is necessary to create an exchange space among the azorean operators (in substitution of the dying association AAEWW), opening it to all those with constructive ideas, people from all corners of the world, being whether customers, politicians, researchers or associations of preservation of the environment.

This blog addresses to all of you, who have no wooden language nor are a shrinking violet, but to everybody who wants to find a positive dynamic, that allows us to leave the dead end that is the vulgarization of the destination Azores.

Here we will deal with the concrete problems in our activity. To ease the communication, I suggest that only two languages should be used in the future: portuguese and english.

Serge Viallelle
The Whalenausore Azoricus

The greatness of a nation can be judged by the way its animals are treated.
Mahatma Gandhi